terça-feira, 6 de novembro de 2018

Chama I Júlio Pomar, Rita Ferreira, Sara Bichão


Chama
Júlio Pomar, Rita Ferreira, Sara Bichão

Texto de Sara Antónia Matos

ISBN 978-989-8902-36-8 | EAN 9789898902368

Edição: Novembro de 2018
Preço: 16,04 euros | PVP: 17 euros
Formato: 17 x 21 cm (brochado com badanas)
Número de páginas: 144

Edição bilingue: português-inglês
(tradução Kennis Translations)

Com o Atelier-Museu Júlio Pomar







No caso desta exposição, em vez de escolher as obras à partida, desafiei as artistas a produzirem um corpo de trabalho novo para apresentar no Atelier-Museu, tendo a convicção de que as suas obras trabalhariam bem em conjunto e estabeleceriam boas relações com as de Pomar.


Este livro foi publicado pela ocasião da exposição «Chama», com obras de Júlio Pomar, Rita Ferreira e Sara Bichão, e com curadoria de Sara Antónia Matos, realizada no Atelier-Museu Júlio Pomar, entre 15 de Fevereiro de 2018 e 29 de Abril de 2018.


Rita Ferreira apresentou um conjunto de mais de meia centena de trabalhos sobre papel, apresentados pela primeira vez como um paredão, testando o impacto do conjunto e as relações de força/cromáticas entre as partes. É ainda nova a obra sobre tela crua que apresenta no piso inferior do espaço, dialogando com os desenhos de Júlio Pomar e as peças de pano-cru de Sara Bichão.
Sara Bichão não só construiu as peças da exposição quase na totalidade como se lançou numa obra que atravessa o espaço de lés a lés. Clareira, de 2018, alude à forma de uma fisga, de tamanho colossal, cujo elástico (em pano-cru) é preso no guarda-corpos do edifício, existente no piso superior, e daí esticado até ao rés-do-chão, ficando preso por duas pedras de basalto de 300 kg cada. Instalada no sentido este-oeste, a peça é composta também por um disco de inox côncavo, colocado no piso superior do edifício, acima das janelas, que capta a luz do sol espalhando-a em seu redor. Não pode deixar de se mencionar ainda a obra que a autora dedica a Júlio Pomar: Para JP, de 2018, uma corda de pano-cru, entrançada, que nas suas laçadas recolhe elementos de praia: canas, paus carbonizados, pedras, e objectos de plástico.
[...] sou levada a dizer que as obras destas duas artistas são feitas de tempos de observação diferentes. A de Sara Bichão parece fazer-se e acontecer entre camadas, pedindo aproximação e afastamento, mergulhos de ida e volta, como as telas de Júlio Pomar, através dos quais cada estrato de sentido se revela. A de Rita Ferreira parece pedir um confronto de um só impacto, um embate com o conjunto da composição onde cada fragmento, cada parcela cromática, exerce a sua força de atracção. [...]
[Sara Antónia Matos]

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