Os Ballets Russes: Modernidade após Diaghilev
Isabel Capeloa Gil, Paulo Campos Pinto (org.)
Textos de Isabel Capeloa Gil, José Carlos Alvarez, Nuno Crespo, José Manuel dos Santos, Gabriele Brandstetter, Mariana Brandão, Luísa Santos, Maria João Roque e Castro
ISBN 978-989-8902-41-2 | EAN 9789898902412
Edição: Novembro de 2018
Preço: 28,30 euros | PVP: 30 euros
Formato: 24 x 30 cm (brochado com badanas)
Número de páginas: 176 (a cores)
Edição bilingue: português-inglês
O que distingue a acção dos Ballets Russes é um entendimento da arte como confluência de linguagens, que se cruzam, contestam, dialogam, afastam e renovam.
«A grande vitória da civilização moderna europeia», escrevia Almada Negreiros no Portugal Futurista, em 1917, a anunciar «as extraordinárias realizações da Arte Moderna», representadas pelos Bailes Russos, que justamente nessa data iniciariam a sua única temporada em Lisboa.
Entre o escândalo e a admiração, a emulação e a rejeição, os Ballets Russes de Sergei Diaghilev constituíram uma das mais inovadoras experiências de criação artística das primeiras décadas do século XX. No vulcão criativo das experiências modernistas, congrega um programa de arte total em torno da dança, convocando coreógrafos, bailarinos, compositores, artistas plásticos, libretistas e cenógrafos. Se a dança moderna representa o espírito de uma certa modernidade em vórtice, consagrada segundo Baudelaire na fórmula do «transitório, fugidio [e] contingente», os Ballets Russes exibem o moderno total. Renovando o vocabulário da dança e consagrando a fusão do arcaico com o vanguardista, recriam as artes do corpo em ícone da modernidade. Das artes do movimento ao design de moda, da música à escultura, da cenografia à pintura, das artes decorativas ao cinema, os Ballets Russes constituem o paradigma do projecto de iluminação mútua de uma modernidade sempre incompleta.
A exposição «Os Ballets Russes: Modernidade após Diaghilev» [13 de Julho – 20 de Outubro de 2018] é produzida no âmbito do Lisbon Consortium, promovida pelos programas de Mestrado e Doutoramento em Estudos de Cultura da Universidade Católica Portuguesa com a Fundação Millennium BCP e o Museu Nacional do Teatro e da Dança, assinalando a relação estratégica entre a prática curatorial e a investigação que subjaz ao Consórcio.
Marcando o centenário da temporada portuguesa dos Ballets Russes, a exposição organiza-se em dois grandes núcleos. Se a passagem por Portugal constitui o foco do núcleo expositivo organizado pelo Museu Nacional do Teatro e da Dança, na Galeria Millennium olha-se o fenómeno Ballets Russes como instância e sintoma de transformação social através da estética, articulada em torno das artes do movimento.
[Isabel Capeloa Gil]
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