Espinosa e o Estado dos Hebreus – Ensaios
de Filosofia Política
António Bento
ISBN 978-989-568-032-0 | EAN 9789895680320
Edição: Junho de 2022
Preço: 20,75 euros | PVP: 22 euros
Formato: 16 × 22 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 368
Com o apoio do Grupo de Filosofia Prática LabCom.IFP
Este livro reúne um conjunto de ensaios consagrados
a problemas e a conceitos próprios da Filosofia Política.
O fio cronológico adoptado na ordenação dos capítulos,
começando na Baixa Idade Média, estende-se à
Proto-Modernidade e termina na Contemporaneidade.
Contudo, mais do que a extensão de um arco temporal normativamente circunscrito, o que aqui está verdadeiramente
em causa são os usos da linguagem na política e, consequentemente, o carácter ficcional dos conceitos em Filosofia Política.
Em poucas palavras, pode dizer-se que é este o objecto comum
aos diferentes ensaios aqui coligidos e que é também este o
tipo de unidade a que eles podem modestamente aspirar.
Sabemos bem que, nos casos mais afortunados, os conceitos de Filosofia Política não só constituem uma língua
própria dentro da língua da Filosofia, como forjam todo um
léxico, uma sintaxe, e por vezes mesmo um estilo, com uma
fisionomia própria e uma vida autónoma. No entanto, ir
hoje atrás do que Maquiavel, há mais de quinhentos anos,
chamou a «verdade efectiva» da política, implica muitas vezes, como observou Friedrich Nietzsche, que «os filósofos já
não possam contentar-se em aceitar os conceitos que lhes
são dados apenas para os limparem e os fazerem brilhar, antes é necessário que comecem por os fabricar, criar, formular,
e que persuadam os homens a recorrer a eles». É, sem dúvida, esse singular gosto filosófico ou afecção pelo «baptismo
do conceito», como alguém recentemente lhe chamou, que
caracteriza os grandes clássicos de Filosofia Política, sejam
estes antigos, medievais, modernos ou contemporâneos.
Disso, procurarão dar conta, espera-se, os ensaios que o leitor tem diante dos olhos.
[António Bento]
Sem comentários:
Enviar um comentário