segunda-feira, 25 de julho de 2022

Poetry as an Echological Survival

Poetry as an Echological Survival 
Nuno da Luz

Textos de Margarida Mendes, Nuno Crespo, Nuno da Luz, Stefan Helmreich 

ISBN 978-989-9006-72-0 | EAN 9789899006720 

Edição: Junho de 2022 
Preço: 18,87 euros | PVP: 20 euros 
Formato: 16,5 × 24 cm (encadernado) 
Número de páginas: 176 (a cores) 
Com a Universidade Católica, Escola das Artes, CITAR 

Edição bilingue: português-inglês


Que a natureza seja um poder circular que ciclicamente retorna a si mesma poderia ser uma constatação a partir da qual todo o trabalho de Nuno da Luz tem começado. Emerson refere-se ao scholar, mas as suas palavras podem facilmente transferir-se para aquela que é a dinâmica das pesquisas artísticas. 



A maneira como nos tem feito escutar o vento, a energia produzida pelo deslocamento das massas aquáticas nas ondas, a superfície e a profundidade, transportam-nos de um modo poético para uma ideia de paisagem sonora que se constitui como uma dobra: por um lado, detém toda a dimensão da paisagem na sua dimensão contemplativa, subjectiva e experiencial; por outro, torna evidente o modo como o descontrolo sonoro contemporâneo é um elemento de destruição, desequilíbrio e devastação de imensas formas de vida. Este livro vive nessa duplicidade: é um dispositivo poético de contemplação e imersão na paisagem, na vida e no mundo através, fundamentalmente, de experiências sonoras, e é um instrumento ecológico destinado à nossa sobrevivência. 
[Nuno Crespo] 

Nos trabalhos de Nuno da Luz, os meios do vento e da água são transduzidos em diversas formas tecnológicas de registar o ambiente. Cartografias políticas e climáticas entram no espaço expositivo oferecendo novos entendimentos dos meios ambientais. O espaço para a interpretação de dados e fruição estética opera a partir de um interstício mínimo entre o evento, a sonorização e a reposição, onde a turbulência inesperada e a qualidade repetitiva das condições climatéricas em mutação permitem que o ato de deteção tecnológica ocorra; um registo do comum que é poeticamente traduzido a partir da sua instanciação inefável. 
[Margarida Mendes]

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